sexta-feira, 27 de abril de 2012

RACISMO

O julgamento do racismo, por Paulo Moreira Leite

"O  julgamento sobre cotas é uma boa oportunidade para se discutir um aspecto essencial da vida brasileira – o racismo.
A noção de que vivemos numa democracia racial chega a ser patética num país onde mais de 90% dos brasileiros disseram ao DataFolha, em 2008, na passagem dos 120 anos da abolição, que vivemos num país racista.
A visão é comprovada pelos fatos. Os negros estão nos piores empregos, nas piores escolas, nos piores bairros. Têm 30% da renda embora representem 50% da população.
p>Nessa situação, chega a ser risível ouvir a crítica de que as políticas de ação afirmativa irão criar um ambiente de “tensão racial”, ameaçar a “democracia racial” e forjar uma situação cultural chamada  de “racialismo.” Essa noção existe desde a abolição quando, ao menos formalmente, os negros deixaram a condição de “coisa” para se transformar em “pessoas.”
As pessoas convencidas de que somos um país tão tolerante em relação a estas diferenças que elas se tornaram invisíveis poderiam, por exemplo, prestar atenção nos boletins de ocorrência de uma delegacia. Ali, todo brasileiro é identificado pela “cútis” como branco, pardo ou preto. Será que isso diz alguma coisa? Ou é apenas uma necessidade “técnica”?
É apenas indecoroso sustentar que vivemos num país onde o racismo não faz parte do cotidiano. Nem nossas leis anti-racistas, supostamente tão severas, conseguem ser cumpridas como se deve.
Isso se comprova até nos casos em que celebridades negras são vítimas, como aconteceu com o craque Grafite, do São Paulo, chamado de negro de merda e macaco durante um jogo de futebol, mas que desistiu de levar em frente uma ação na  Justiça porque as chances de ser vitorioso eram quase nulas, como demonstrou reportagem de Solange Azevedo. Embora tivesse sido agredido por um jogador argentino, o que poderia ter sua utilidade neste caso, nem assim Grafite animou-se. Concluiu que estava perdendo tempo.
O racismo está na economia e na vida social, onde os negros foram discriminados na saída da escravidão, quando eram proibidos de ter acesso aos títulos de terra. E tiveram dificuldades muito maiores para conseguir empregos na indústria.
Levantamento do brasilianista George Reid Andrews em empresas de São Paulo dos anos 30 mostra que os negros eram os mais disciplinados no trabalho e os mais pontuais, quem sabe por ter consciência dos riscos maiores que corriam. Mas eram os que tinham mais dificuldade para serem promovidos e eram demitidos com maior facilidade.
E é claro que há muito o racismo foi incorporado ao Estado, como demonstram as estatísticas da violência policial, das prisões sem julgamento, das execuções. Nem vale a pena lembrar quem são os alvos permanentes abusos, não é mesmo?
O racismo também se encontra em nossa cultura, mesmo em autores fundamentais como José Alencar – que defendia escravidão como forma de civilização – e também Monteiro Lobato, que chegou a admitir em cartas pessoais que tinha inveja dos brancos norte americanos que criaram a organização de terror racista Ku Klux Klan. Quer mais?
Euclides da Cunha era adepto do racismo científico. Gilberto Freyre, o pai de nossa democracia racial, estava convencido de que as raças tem existência biologica, ou seja, há raças inferiores e superiores, e também dizia que o negro fora geneticamente dotado para o “trabalho pesado” nos trópicos, até porque conseguia suar por todas as partes do corpo e não apenas pelas axilas. Achou esquisito? Vai lá na Biblia do Demóstenes Torres, Casa Grande & Senzala. É um livro com méritos, como reconhecer o lugar do negro em nossa cultural, mas é absurdo imaginar que seja um retrato do Brasil.
A noção de democracia racial de Gilberto Freyre teve uma manifestação definitiva no fim de sua vida, quando ele defendia a surpremacia do colonialismo português sobre as sociedades negras da África.
Impregnado em nossa cultura, em nosso modo de vida, o racismo é  uma realidade que nem todos brasileiros admitem com facilidade. Como explica o psicanalista italiano  Contardo Calligaris “o mito da democracia racial é um mito que serve unicamente aos interesses dos brancos. Os brancos estão perfeitamente tranquilos para dizer que o racismo não existe.”
Para quem se encontra do lado agradável do guichê, a  democracia racial é uma necessidade ideológica. Ajuda a encobrir com proclamações sentimentais a dura realidade da discriminação e da desigualdade imposta de cima para baixo.
Nem Demétrio Magnoli, o mais ativo advogado da democracia racial de nossos dias, consegue negar a difícil e particular condição do brasileiro negro. “Ninguém contesta o fato de que, como fruto da escravidão, a pobreza afeta desproporcionalmente pessoas de pele mais escura,” admite o professor, em “Uma gota de sangue” (página 363).
A pergunta, então, é uma só: o que se faz com isso?
A resposta, até agora, tem sido a seguinte: não se faz nada e deixa o tempo passar que o mercado vai resolver o “fruto da escravidão.” Grande hipocrisia. É claro que não resolveu. Nem era para ter sido diferente.
Vamos combinar, meus amigos: a discriminação alimentada pelo racismo não é uma realidade espiritual nem um acidente de percurso. Faz parte de nossa estrutura, do modo de vida. Permite aos brasileiros de “pele mais clara” viver num país onde metade da população não compete pelos melhores empregos, pelas melhores escolas nem pela promoção ao longo da vida. A discriminação oferece uma imensa mão de obra barata e disponível, que irá fazer nosso serviço doméstico, aceitar empregos mal remunerados e pouco considerados. Vão ser os mais explorados, os mais indefesos, o chão de nossa sociedade, as funções que ninguém quer fazer, os que terão menor respeito.
A democracia racial permite assistir a tudo isso e reagir assim: nós gostamos deles, apesar de tudo. Brasileiro é tão bonzinho, dizia Kate Lyra. Lembra?
A discriminação cria uma realidade dura e intolerável, onde a  “democracia racial” funciona como uma espécie de melodrama ideológico  – todos fingem acreditar que existe, mas nunca conseguem dizer aonde a viram pela última vez. É sempre uma teoria, uma literatura sem números.
E se você quer acreditar na lenda de que somos diferentes porque somos miscigenados, é bom lembrar  que o racismo e o preconceito nunca impediram o acasalamento — nem o estupro — entre casais mistos.
Desde 1888 o país sabe o que seria preciso fazer para melhorar a sorte dos brasileiros negros, Nada se fez ao longo de doze décadas.  São quantas gerações? Cinco? Dez? Doze?
Seria preciso dar escolas, distribuir renda, investir nas novas gerações. Aquilo que sempre se diz, até hoje. Nada acontece, nada se resolve. O país se industrializou, construiu universidades, hoje é a 6a. potencia mundial. Nada se faz de útil para metade dessa população. Por que?
Porque não interessa a quem tem o poder e o poder do dinheiro, embora o pais inteiro pudesse ser beneficiado com isso.
A  vantagem material de manter uma parcela população subalterna, subjugada e superexplorada pode ser  inconfessável – como o próprio racismo não se confessa – mas é inegável para quem se encontra do lado certo. Proporciona confortos vergonhosos, com poucos paralelos no mundo inteiro.
O julgamento que começa hoje no Supremo é um dos saldos positivos da democratização do país. Ela permitiu aos negros defender seus direitos  e cobrar respostas diante de uma tragédia histórica. Se eles sofreram a mais prolongada e criminosa agressão histórica – a perda da liberdade, o confisco da cultura, o massacre social – e jamais foram reparados, é justo que tenham uma compensação.
O debate é político.
Reconheço, sim, o mérito do estudante de classe média que se esforça para entrar numa universidade pública. Ninguém consegue uma vaga na USP só porque é filhinho de papai.
Mas a discussão é outra. Num país onde todos os cidadãos devem ser iguais, é preciso reconhecer com honestidade que para milhões de brasileiros o peso da história está acima das forças de um individuo e de uma geração.
Num esforço para se manter tudo como está, é esperto falar em vitimização. Ajuda a fingir que não existem vítimas.
Apenas um sentimentalismo de senhor de engenho pode lamentar a “perda” da nossa “democracia racial”. Ela  deixou de ser levada a sério nos meios acadêmicos na década de 50, e só foi recuperada nos anos 60 e 70 quando a ditadura do Brasil Grande dizia que vivíamos num país sem conflitos de classe nem de raça.
Não por acaso, o grande Gilberto Freyre, que tinha seus méritos intelectuais, até representou um certo avanço em seu tempo, não era um santo. Fazia campanha pela Arena.  Seria um incompreendido?
É essa a ideia que estará em debate, hoje: somos um país de cidadãos iguais? Garantimos a competição, a justa recompensa pelo esforço de cada um, ou somos um país no qual metade da população já nasce em desvantagem histórica?
Não é um debate que só interessa aos negros, mas a todos os brasileiros preocupados com o futuro de seu país.
O país levou tempo mas aprendeu a encarar muitas dores de sua história. Ficamos menos hipócritas e, no fundo, menos covardes. Está na hora de fazer isso com o racismo e sua contrapartida, a discriminação."
Texto na íntegra.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Só no Sarau Tropical tem isso, todo sábado de 8 às 10 h.


Acesse pela net e ouça o melhor da arte brasileira. http://www.radiotropicalbh.com.br/

Só no Sarau Tropical tem isso.

Eu Detesto Coca light - Zeca Baleiro e Chico César- cd No coração do homem bomba
O pastor virou doleiro, dinheiro virou cultura,
poesia virou salário, vulgaridade, receita.
Deus me livre dessa seita cujo Deus é feio e triste.
Se o belo ainda existe, o belo eu quero procurar.
Outono, verão, inverno, o mundo virou inferno.
Que o diabo pós-moderno, haja fogo pra queimar.
Da cintura pra cima só visto a calça da rima,
só quero o que me anima, o imã que me atraia,
o fogo que me atice.
Uma vez meu pai me disse ?Meu filho, a vida é
um grande concurso de misse, alucinação de Alice,
pernas de Cyd Charisse procurando Fred Astaire?.
Eu detesto George Bush desde a Guerra do Kwait.
Eu não quero que tu te vás, mas se tu quer ir-se, vai-te.
Quero adoçar minha sina, que viver tá muito diet.
Danação é cocaína, mesmo quando chamam bright.
Gosto de você menina, mas detesto coca-light.
Gosto de sair à noite de tomar um biri night
Jurubeba tubaína Johnny Walker Black White
Me afogo na cangibrina caio no tatibitáti
Tomo cinco ou seis salinas feito fosse chocolate
Engulo até gasolina mas detesto coca light
Fazem da boate igreja da igreja fazem boate
Põem veneno na comida cicuta no abacate
Eu cuido da minha vida não sou boi que vai pra o abate
Podem cortar minha crina podem partir pra o ataque
Podem me esperar na esquina mas detesto coca light
Deus é o juiz do mundo, ele apita o nosso embate.
Nem Carlos Eugênio Simon nem José Roberto Wright.
A partida não termina, prorrogação e penálti.
A torcida feminina dá o molho ao combate.
Aprendo o que a vida ensina, mas detesto coca-light.
Tolerância zero fome zero coca zero
No quartel do mundo eu sou o recruta zero
Quero quero tanta coisa
E só me dão o que não quero.

Acesse o Sarau Tropical e ouça o melhor da arte brasileira http://www.radiotropicalbh.com.br/

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Programa Sarau Tropical, na RÁDIO TROPICAL/BH, convida Luiz Rocha

Curta o som de Luiz Rocha: convidado do próximo Sarau Tropical, dia 28/4/12, de 8 às 10h, é o cantor, compositor, integrante do grupo TODOS OS CAETANOS DO MUNDO. Apresentação: Sarau Tropeiro. Acesse pela net http://www.radiotropicalbh.com.br/. canção, poesia, bom humor, informação e bate papo agradável . Diferente do que rola por aí. Luiz Rocha irá tocar ao vivo no programa. falar de seu trabalho, composição, rima e tudo mais... O tema nosso será a Fábrica Brasileira de Rimas. Arte de rimar de nossos compositores.. Não perca!!! O Sarau Tropical é um contraponto à idiotice midiática que apela pela audiência a qualquer preço..

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Sobre o Programa de rádio Sarau Tropical

 Mensagem de Ricardo Evangelista

Caros amigos, 
O programa "Sarau Tropical" que vai ao ar pela RÁDIO TROPICAL/BH 87, 9 fm,  das 8 às 10 h da manhã, todo sábado, pode ser ouvido pela internet no site http://www.radiotropicalbh.com.br. O programa foi criado e  é apresentado pelo SARAU TROPEIRO de BH/,MG (diga-se: os artistas Ricardo Evangelista e Sueli Silva ).
Nossa proposta é levar música, poesia, bom humor, informação e valorizar a cultura mineira e brasileira. Nossa missão é divulgar novos poetas, músicos e artistas de BH, Minas Gerais e do Brasil. É destinado a todo aquele que curte arte, muito além da "grande" mídia. Queremos sim, sermos um contraponto ao rádio que anda por aí. Queremos sim, difundir arte e cultura comprometida com a beleza, a sinceridade, a qualidade e oportunizar o surgimento de gente nova e dar destaque a quem merece e tem talento. Buscamos uma democratização plena do espaço radiofônico.
O público-alvo é quem gosta de todo gênero musical, poético, arte em geral e procura algo diferente para ouvir nas manhãs de sábado. Nosso programa quer romper barreiras de preconceitos artisticos, musicais e literários. E claro, ser um programa onde artistas tem voz e vez, e realizam performances ao vivo. Tudo regado a muito interatividade através do chat no site da rádio, e pelo telefone ( (31) 3646-8200 em BH/MG.
Também o espaço está aberto para músicos, grupos, bandas, produtores, escritores, etc etc para participarem do programa. Não hesite em mandar material para ser divulgado no programa!
Envie-nos materiais promocionais(CDs, camisas, fanzines, DVDs, livros etc.) para serem sorteados durante o programa.Endereço: Rua Princesa Isabel 534 , casa 1 cep 31540510 BH/MG.
Empresas e pessoas que queiram anuncia ou patrocinar nosso programa, o espaço está aberto.Para manter esse sonho aceso precisamos de apoios.
Quem quiser aproveitar o canal para divulgar seu trabalho e ainda apoiar essa iniciativa é só entrar em contato pelo e-mail: ricardoevangelista@bol.com.br
Ajude a divulgar essa grande iniciativa!
Ricardo Evangelista

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Texto: Ricardo Evangelista

Manifesto antropotrágicômico - Homenagem ao "ACHAMENTO DO BRASIL"

Seres ou teres, eis a questão.
O que nos une é nossa burrice nacional.
Seres ou teres eis a questão.
Aos homens públicos só interessa o que é do povo.
De Cabral à privataria, a corrupção é nossa endemia.
O ministério da saúde adverte que a propina brocha o Pau Brasil. No Brasil da mão grande e das mamatas estatais quem não tem QI ( quem indica) que se fodas.
Como falta justiça e sobra cobiça as nossas elites sanguessugas estão obesas. O paraíso fiscal não é aqui, aqui é paraíso das falcatruas, engôdos, maracutaias e embromos governamentais. Terra sem revoluções. Do achamento do Brasil chegamos ao estupro das índias. Da escravidão negra chegamos à abolição de Isabel. Do golpe chegamos à democracia. Cristo nem Deus é brasileiro. Basta ver o quantidade de puteiro e político corrupto e impunidade. Contra o papa que não admite camisinha o pastor que não esquece o dízimo e a licitação fraudulenta de quem sempre quer sua beiradinha. No país de bananas sobra laranjas. Antes dos portugueses chegarem ao Brasil o Brasil não era chegado num desvio de verba pública. Brasil bom de samba, bom de soccer, bom de saque aos cofres públicos. Aprende driblar a fome, à fórceps, a farsa à festa e vamos à copa sem escola e sem escrupulos e sem justiça.
Morte é vida das hipocrisias nacionais. Continuamos surreais, mas subhumanos. Nssos heróis não tem caráter.
O matriarcado não toma o poder porque tá preocupado com silicone e lipoaspiração e não denuncia a surra do marido na delegacia próxima. O riso é nossa dinamite.Independência? De quem cara pálida?
Contra a realidade opressora da falta de escola boa, saúde decente, da falta de democracia, a falta de suor de prazer, da falta de democracia da diversão e de menos horas engarrafados no trânsito e atolados no trabalho.

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Texto: Ricardo Evangelista

domingo, 22 de abril de 2012

Fábrica Brasileira de Rimas. Tema do Sarau Tropical: de 28/4/2012, de 8 às 10 h. Rolando Boldrin será sermpre um homenageado do Sarau Tropeiro. Sobretudo pelo que fez e faz pela música, pela poesia, pela cultura brasileira.Dica cultura é conhecer o programa Sr. Brasil na tv educativa.

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Texto: Ricardo Evangelista

 

Nilton Pinto e Tom Carvalho



Viva o humor com criatividade e irreverência dos artistas brasileiros.Dica cultura é conhecer o trabalho desse dois artistas do interior do Brasil: Nilton Pinto e Tom Carvalho.

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Texto: Ricardo Evangelista


Viva o bom humor o senso crítico dos artistas de norte a sul desse continente do riso e da poesia..Boa semana!!!Dica Cultural é conhecer o trabalho de Nilton Pinto e Tom Carvalho.

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Texto: Ricardo Evangelista

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Saciólogo: Estudioso do mundo do Saci

Saciólogo: Estudioso do mundo do Saci: é o que nós do Sarau Tropeiro somos, sacizeiro, musical, tropeirauta e poético. Sacinvenção é uma performance de (Ter)Invenção urbana. São vídeos dirigidos, e editados pelo Sarau Tropeiro em 2011, onde pessoas diversas respondem sobre o mito do Saci. Esta imersão poética no imaginário popular faz parte das ações de pesquisa e provocações artísticas que o Sarau Tropeiro leva para eventos culturais educacionais, ong, prefeituras, fundações, festivais e festas. Para todas as idades.. Trabalhamos com crianças despertando a criatividade e com jovens e idosos despertando a memória!
Dica cultural sobre Saci-pererê é o site http://www.numaboa.com.br/glossarios/indigenas




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Texto: Ricardo Evangelista
19 de abril é muito mais que um dia de índio. Estes seres humanos contribuiram e contribuem muito para nossa identidade: língua, usos e costumes, botânica e arte. Dica cultural é conhecer o site http://www.numaboa.com.br


"Conhecimento não ocupa espaço". diz o dito popular!


Algumas palavras indígenas presentes em nosso cotidiano:
- Abacaxi - Ibá-cachi: fruta cheirosa, rescendente.
- Anhangabaú - anhangaba-ú: o bebedouro das diabruras, rio de águas maléficas.
- Bauru - ybá-urú: o cesto de frutas.
- Boipeba - mboy-peba: a cobra que se achata quando acuada.
- Buriti - mbiriti: árvore que destila líquido, palmeira.
- Caboclo - cabôco, caá-boc: procedente do mato.
- Cambuci - cambu-chi: pote, vaso d'água.
- Canga - o osso, caroço, núcleo, seco, enxuto.
- Catapora - tatá-pora: o fogo interno, febre eruptiva, erupção.
- Gambá - gua-mbá: a barriga oca.
- Jericoaquara - yurucuã-quara: buraco ou refúgio das tartarugas.
- Pipoca - py-poca: grão de milho que se arrebenta em flor por efeito da torra.
- Toró - tog-r-ó: coberta espessa, casca grossa.


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Texto: Ricardo Evangelista
Diz o discurso do preconceito que índio é preguiçoso. Mas são eles que inventam nome bonito que áté banqueiro copia. ITÁU é uma palavra indígena, sabia? Mais palavras de origem indígena:Anhangabaú, Ibirapuera,Jabaquara,Tatuapé,Avanhandava,Inhaúma,Itiroró,Itaquaquecetuba,Avaré,Catanduva,Araraquara,Tuiuti
Itaú,Itu,Itararé,Tucupi,Tacape,Nhanbiquara,Itirapina,Ibaté,Paranapiacaba,Mantiqueira,Pariquera Açu,Nhôcunhê. 
Dica cultural sobre tema indiígena é o site http://www.numaboa.com.br.

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Texto: Ricardo Evangelista
Dica cultural é conhecer o site http://www.numaboa.com.br
 
Mais palavras indígenas:Guaratinguetá
 -reunião de pássaros brancos
Guirá - pássaro
Abaetê -pessoa boa
Acará - garça
Açu - grande
Amanda - chuva
Andirá -morcego
Anhangüera - diabo velho
Araxá -lugar alto de onde primeiro se avista o Sol
Aymberê - lagartixa
Paraíba -rio ruim, que não se presta à navegação
Pirá -peixe
Porangaba - beleza
Piti -Camarão
Piranga -vermelho
Oca - casa
Ocara -praça ou centro de taba
Iracema -lábios de mel
Itajubá - pedra amarela
Itatiba -muita pedra
Ibitinga -terra branca

Fonte:  http://www.numaboa.com.br

Dia de índio, de negro de brano é todo dia

Dia 19 de Abril - dia do índio
Palavras de origem índígena:
1 Mandioca
2 Goiás: (da mesma raça, igual)
3 Grajaú: (pássaro que come)
4 Guarujá: (viveiro de guarus)
5 Guarulhos: (dos guarus - peixes)
6 Ipanema: (água ruim)
7 Jundiaí: (rio dos jundiás)
8 Paraíba: (rio com pouco peixe, rio ruim)
9 Paraná: (rio caudaloso)
10 Sergipe: (com olhos inquietos)
11 Uberaba: (água cristalina)
12 Abacaxi
13 Andaray (rio dos morcegos)
14 Bangu (colina)
15 Baia (esteira trançada de palha)
16 Caipira (envergonhado, tímido)
17 Caju
18 Carioca (4 significados: * de cari+oca-casa do branco *aldeia, morada dos indios carijó *nome de fonte localizada no Rio de janeiro, famosa pelo poder de dar boa pele a quem nela se banha *nome de rio
19 Canoa
20 Catete (porco do mato)
Fonte:  site http://www.numaboa.com.br/glossarios/indigenas

quarta-feira, 18 de abril de 2012

SARAU TROPICAL DE 21/4 DE 2012 UMA AULA DE BRASIL


Olha aì: Novidade do SARAU TROPICAL!!! Programa do, dia 21/4 ás 8 da matina, traz para os ouvintes o tema "Achamento do Brasil e as questões atuais", com músicas, poesias, entrevista. Convidados especiais AILTON kRENAK e o poeta MARCO LLOBUS da REDE CATITU CULTURAL. Uma aula de Brasil.Se ligue na http://www.radiotropicalbh.com.br/

terça-feira, 10 de abril de 2012

Sarau Tropical homenageia A CULTURA POPULAR DIA 7/4/2012

 
O jeca tem notebook
o capiau faz faculdade,
a cidade tá no campo
o campo tá na cidade.
( Ricardo Evangelista, filosofanças).
Sarau Tropical sábado, dia 14/4, de 8 às 10 da matina, o tema que o Sarau Tropeiro traz para prosa boa é "Cultura popular hoje - cordel e outras poéticas populares", na 87,9 fm. BISCOITO FINO DA ARTE NO CAFÉ DA MANHÃ DE TODOS!PELA NET http://www.radiotropicalbh.com.br/
 

sexta-feira, 6 de abril de 2012

VINHETA DO SARAU TROPICAL

Olha aí pessoal acabamos de criar a vinheta do SARAU TROPICAL. Programa criado pelo Sarau Tropeiro para apresentação na Rádio Tropical /BH 87,9 fm, que vai ao ar todos os sábado de 8 às 10 h, pela net http://www.radiotropicalbh.com.br/. Criação: Tropeirauta Produções. Edição e Locução Guga Evangelista.

Sarau Tropical homenageia do dia do jornalista 7/4/2012

Convidamos a todos para assistirem ao 2º SARAU TROPICAL da RÁDIO TROPICAL DE BH.
No próximo SÁBADO DIA 7/4/2012, o Sarau Tropeiro  homenageia o DIA DO JORNALISTA e convida para o programa "SARAU TROPICAL" o jornalista, poeta e doutorando em literatura p/ UFMG, Marcos Fabrício Lopes da Silva. Tema em pauta: A IMPRENSA E A CULTURA HOJE.Qual o papel de um jornalista numa sociedade livre e democrática?
A imprensa em Minas e no Brasil é livre? Esta e outras questões serão debatidas no SARAU TROPICAL.Ouça o que o rádio tem de bom, diferente e bem humorado. O programa vai ao ar pela RÁDIO TROPICAL/BH 87,9 FM, e na net www.radiotropicalbh.com.br, de 8 às 10 h. Todos os sábados
A proposta dos artistas é trazer sermpre convidados especiais, canções, poesia e conversa bem afiada com bom humor realizando programas temáticos. Onde as canções e os poemas alinhavam o assunto. Com interatividade, bate papo agradável, qualidade, bom humor e inteligência pretendem fazer diferença nas ondas do ar de Minas. A ideia é fazer bonito e elevar a qualidade do rádio mineiro. Um programa de cultura brasileira sob o comando do poeta Ricardo Evangelista e a cantora Sueli Silva, Sarau Tropeiro no aaaaarrrrr!!!.
RÁDIO TROPICAL 87,9 FM e/ou NA NET http://www.radiotropicalbh.com.br/
Para participar ligue TELEFONE DO OUVINTE (31) 3646-8200, mande mensagem pelo e-mail: radiotropicalfmdebh@hotmail.com

Participação também pelo facebook.com/ricardo.evangelista2

quinta-feira, 5 de abril de 2012

VEM AÍ O SARAU TROPCIAL NA RÁDIO TROPICABH, 87,9 FM


No próximo SÁBADO, DIA 7/4/2012, DE 8 às 10 h, dia do jornalista, o Sarau Tropeiro convida para o programa SARAU TROPICAL o jornalista, poeta e doutorando em literatura p/ UFMG, Marcos Fabrício Lopes da Silva.
Chico César é poeta, cantor, compositor e jornalista, e como inteligência não tem cor, decerto que estará sempre na programação do nosso SARAU TROPICAL, homenagem aos jornalistas, dia 7/4, de 8 às 10h da manhã pela net http://www.radiotropicalbh.com.br/ 
PRETO NO BRANCO
Ponho o preto no branco
Não se negue nem se zangue
Tem branco com sangue de preto
Tem preto com branco no sangue
Aponte o dedo do preconceito
Que ponho o dedo na ferida
Quem discrimina morre de medo
Ou se acha com o rei na barriga.
( in Mineral, Ricardo Evangelista, 2010 Ed. Rede Catitu )

domingo, 1 de abril de 2012

PRIMEIRO DE ABRIL

Tudo aqui está como o diabo gosta.
O progresso segue na rota da farsa
sob um lindo céu de anil.
Cada um por si e todos na mesma fossa,
de Cabral aos piratas de gravata
vivemos num perene primeiro de abril.
( Mojepotara, de Ricardo Evangelista 2004)