quinta-feira, 27 de outubro de 2011

SACINVENÇÃO - (TER)INVENÇÃO URBANA


Este é o resultado da performance realizado pelo poeta Ricardo Evangelista no workshop Performance e Política, coordenado por Bia Medeiros, na Funarte/MG. Agradeço publicamente o carinho e a disponibilidade de todos os entrevistados: Mamuete, Diego Azambuja, Clóvis, Márcio, Rebeca, Ana Clara.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

SARAU TROPEIRO NO ARTE PELA PAZ DA BSGI - 2010





SARAU TROPEIRO, em 2010, Colégio Monte Calvario, evento Arte pela paz, organizado pela BSGI , produção Guilherme Marques.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

ARTE EM FOCO - PERFORMANCE E POLÍTICA

Participo das palestras de 24 a 26 de outubro,  na III Edição do Projeto Cultural Arte em Foco. Arte em Foco 2011, Tema: Performance e Política, com a palestrante: Professora Maria Beatriz de Medeiros (UnB), Horário: 19 às 22 horas. vamos lá?




SACINVENÇÃO

Os saciólogos Ricardo Evangelista e Sueli Silva entrevistam: Fabrini, Márcia, Elmo Gomes, Ana Gomes, Maria, Adão, Cláudio Márcio e tantos outros, em intervenção do Sarau Troperio, realizada no dia 20/10/2011, na Lagoa do Nado, em BH. Divertido e criativo. VIVA O MÊS DO SACI!!! .

Acesse fotos da intervenção, registrada por Elmo Gomes: http://www.facebook.com/media/set/?set=a.297939613551625.85474.100000067661224&type=3

SACINVENÇÃO - INTERVENÇÃO URBANA DO SARAU TROPEIRO

ACESSE E VEJA DETALHES: http://youtu.be/sjiJpIErKvs

Boletins do canal

Boletins do canal

quinta-feira, 20 de outubro de 2011


NÃO TÍCIA DE HOJE


JORNAL DO SARAU TROPEIRO

Belo Horizonte, 20 de outubro de 2011.


- Eu ou o saci
dono dessa mata
quem quiser passar
vai ter que me pedir
vai ter que adivinhar:
O que é o que é?
O que é o que há?
Porque sou o saci.
Segundo os estudiosos da saciologia, Ricardo Evangelista e Sueli Silva, formados pela Universidade Fulorestal de Minas Gerais, no mês de outubro é comum o aparecimento do Saci em regiões com resquícios de matas presentes nos parques das grandes cidades. Pois de acordo com estes saciólogos, o desmatamento das regiões interioranas fez com que o comportamento do Saci mudasse. Adaptando à realidade urbana o negrinho passou a aparecer em grandes centros onde existem parques e áreas verdes disponiveis. O local escolhido pela negrinho de uma perna só seria Lagoa do Nado, em Belo Horizonte. Local mágico onde hoje se reunirá poetas e artistas do PAZ E POESIA, para celebrar o aniversário do Centro de Cultura Lagoa do Nado - quinta feira, mais precisamente às 19:30h. Parece que o negrinho de gorro vermelho vai aprontar poucas e boas estripulias, sacizices e soltar versacis para todos. Quem não viu e quer ver o saci, e quem já viu, sinta-se saciconvidado. Para saber mais ligue no 32777420 ou fale com o saciólogo Ricardo Evangelista, (31)96920283.

domingo, 16 de outubro de 2011

SARAU TROPEIRO NA LAGOA DO NADO

foto arquivo Sarau Troperiro 2011

Sarau Paz e Poesia
 
Lançamento das revistas-posteres e inicio das atividades do PAZ E POESIA com recital e coquetel - sarau especial: 4º ano do Paz e Poesia, 7º ano do Sarau Tropeiro ( homenageia o mês do Saci, com performance surpresa), 11º ano do Sarau da Lagoa do Nado - tudo isso no 19º aniversário do Centro de Cultura Lagoa do Nado.
Dia 20 de outubro de 2011 – 19:30 horas
Local: Centro Cultural Lagoa do Nado
Rua Ministro Hermenegildo de Barros, 904,  Itapoã
Ônibus: Todos os que passam na Av. Pedro I
Tels.: (31) 3277-7420 / 7321

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

POETA FAZ SACI APARECER EM BELO HORIZONTE

No dia 7/10/2011,às 13;15 horas, o SACI apareceu na E. E. Alberto Delpino, no Barreiro, em Belo Horizonte. Propus essa intervenção poética inusitada na OFICINA DE POESIA: levei um SACI de "pano" para dentro da sala de aula. O SACI foi confeccionado pela modelista e figurinista e cantora  Sueli Silva, companheira de criação do dueto performático e de intervenção poética SARAU TROPEIRO. O menino pretinho como a semente do mamão, que anda numa perna só, serelepe, brincalhão, protetor das matas e detentor dos saberes da natureza impactou a sensibilidade e inspirou a imaginação de mais de 40 crianças de 9 a 11 anos daquela escola. A vivência poética que coordenei teve a participação do poeta Marco Llobus, agora neste ano um dos sensilibilizadores do projeto PÃO E POESIA ( inventado por Diovani Mendonça ). As crianças produziram poesias, trovas, desenharam, expressaram-se a criatividade, num clima descontráido e altamente lírico. Consequência do pode de uma figura emblemática e das mais poderosas criada pelo miaginãrio popular brasileiro. Que aliás devvia ser o símbolo da Copa do mundo de 2011. As crianças usaram e abusaram da criatividade. Parecia que estávamos na SACILÓPOLIS. Nossa didática se resume me disponibilizar vídeos ( uso notebook ), músicas, livros e falar muita poesia sobre o SACI. A partir dessas provocações encorajamos as crianças a criarem, expressarem-se ludicamente ( gisz de cera, lápis, fala, corpo. A tarde trasncorreu de uma maneira agradávle e alegre, com muita ludicidade. A oficina terminou com a meninada subindo nas carteiras e declamando, recitando, mostrando seus desenhos. Estimulamos uma competição poética onde o prêmio foi um belo gorro vermelho confeccionado por Sueli Silva. Nicole foi a aluna premiada Enfim, teve bastante sacizice. Aproveitamos e comemoramos o mês das crianças e do Saci, que tem o dia 31/10/2011, como seu dia oficial. SACI E POESIA É SUCESSO SIM!

Texto: Ricardo Evangelista

PRA REZAR PELO MENOS UMA VEZ POR DIA!!!


ORAÇÃO DO ARTISTA
Autor: Ricardo Evangelista

Senhores deuses da arte, que estão conosco nos palcos, picadeiros, praças e ruas de todo recanto deste país, santificai nossa função de divertir, poetizar, sensibilizar e emocionar o público mais diverso onde quer que estejamos, mesmo que a bilheteria seja pequena.
Daí--nos dignidade, saúde e harmonia para desempenharmos da melhor maneira o nobre ofício de artista.
Protegei nossos passos no caminho infinito da imaginação e do lirismo e obrigado pela fantasia poética fazer parte de nossa existência.
Fazei com que nosso talento se aprimore sempre e nos livrai da dor de cabeça, da cólica, da inveja e da ziquizira.
Livrai-nos também, daqueles produtores que tentam nos passar a perna, dos empresários lacaios do mercado cultural e do mau humor de alguns técnicos de som.
Bendita seja nossa perseverança e paciência, para continuarmos fazendo arte nesta cidade e neste estado.
E por fim, livrai-nos do mau agouro, do estrelismo, da desunião e da arrogância, tão praticados por nós do meio artístico. 
Agora e na hora do nosso fracasso e do nosso sucesso, amém!!!


quarta-feira, 12 de outubro de 2011

MINER(AL): TELURISMO ORGÂNICO


MINER(AL): TELURISMO ORGÂNICO

Por lopes cançado de la rocha

al1
[Do lat. *ale, por alid, na f. clássica aliud, ‘outra coisa’.]
Pronome .1.Ant. Outra pessoa, outra coisa; o mais: “Al não disse, e, fitando olhos ardentes /
Na moça, que de enleio enrubescia, / Com discursos mais fortes e eloqüentes / Na exposição
do caso prosseguia” (Machado de Assis, Poesias Completas, p. 154). Substantivo masculino
2.Ant. As outras coisas; o mais; o resto. [© O Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa].

A essas alturas (das Alterosas) e por baixo de tantas avalanches, quem irá nos ouvir? Poetas que tratam de cotidianos facilmente identificáveis por um determinado público – quase sempre grupo de amigos – entre poetas livres, autônomos e aventureiros frente a possíveis leitores. Estes últimos são vozes soterradas ecoando com resistência. Vozes subterrâneas a escombros deixados pelos tão conhecidos pactos de leitura. Tudo quanto nos recomendam a ler deve servir aos estados de ânimo de tais e quais diligências,sem nenhum compromisso com o ato da leitura proveitosa. Sem nenhum compromisso com a liberdade e inter-relação humana. Tudo deve servir para alguma lição instantânea.
Desaguamos no desestímulo à co-leção. Negação do colecionador de textos. Importante assinalar que, entre poetas, escritores, entre nós artistas, poucos adquirem, colecionam e comentam obras de nossos próprios pares. Estamos nessa condição porque a maioria escreve muitos poemas e lêem pouca poesia;
assim como muitos músicos tocam mais do que ouvem. Enfim, os artistas estão mais fazendo do que apreciando artes.
Tal conjuntura prolifera mares de náugrafos, sismógrafos de escrita trêmula e de olhos desatentos a tudo que seus companheiros de tempo manifestam. Eis as batalhas navais e surdas entre egos imaturos. Luiz Arias Manzo e Rogério Salgado suplicam: “hablemo-nos, toquemo-nos, ouvimo-nos”.
Precisamos urgentemente nos provocar, instigar os não-leitores e os leitores autodirigidos, para que novos leitores-escritores de poesia nasçam, cresçam e morram ainda com mais vida.
Ricardo Evangelista responde por essa urgência em Mineral. Um poeta entregue à interlocução e ao livro como fonte aberta, dialogal. Observa-se no título a desinência ‘-al’ ao invés de ‘-idade’ ou ‘-ança’: mineiridade,mineirança, mineral. Em Mineiranças (1991), Fábio Lucas já nos chamava atenção para estas alternâncias do discurso indentitário em Minas.

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Desde que o conheci, no sarau do Parque da Lagoa do Nado, vi em Ricardo a valorização do intercâmbio, da troca sincera e saudável. O interesse pela condição alheia. Li, posteriormente, um poema de sua autoria intitulado Pessoas numa embalagem de pães (Pão e Poesia, em qualquer esquina, em qualquer padaria). Neste poema verificamos reflexões sobre seu pertencimentoregional/nacional. Pessoa resume que Minas Gerais não são tão somente múltiplas e diversas, mas também fragmentada. Há aqui os mais variados extintos, interesses, conflitos, “vocações & tendências”, bem como influências externas, inter-regionais e internacionais.
A coleção de poemas de Mineral acaba por confirmar isso. Referem- se a pessoas, outros trabalhadores culturais, reverenciando o diálogo entre gerações, entres artistas e mestres contemporâneos. Os mineiros metropolitanos e atuais já não são mais ensimesmados, são mais extrovertidos, têm “muitos desvios” (p.38).
A literatura como participação e sua função fática nos instiga a reinventar a realidade em que vivemos. Falar é agir. Ricardo age como escritor, bom declamador e músico-poeta: um ser engajado na vida. Evocaremos novamente
Rogério Salgado: “antes de sermos grandes poetas, sejamos grandes seres humanos”. Peguemos por exemplo o apelo do poema Gente (p. 43), aqui em tom de aviso com muita franqueza.
Em “Urgente viver” há imagens rememoráveis de divertimentos de rua e uma alusão ao dificílimo ato de entregar, abrir mão para a troca. Quem realmente gosta de poesia se entrega ao livro de versos como a uma taça de vinho. “O velho do rio” é um conto em versos. “Efeito estufa” se aproxima dos poetas ditos marginais nos anos de chumbo. Vejamos isso também em outras passagens, onde há galicismos e estrangeirismos propositais.
Capa telúrica, dialogando com o título e uma arregimentação interessante. Os poemas inaugurais nos embalam para mais tarde respirarmos com versos brancos da poesia narrativa e romântica.
Um livro para se ler em voz alta, ainda que alguns não o considerem de “alta linguagem”, porque o autor demonstra um modo musical de viver sua poeticidade da forma mais humana possível: utilizando-se da clareza da comunicação e da vivacidade espontânea do popular. Subterrâneo por ser raiz e aéreo pela sua oralidade.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

POETA FAZ SACI APARECER EM ESCOLA ALBERTO DELPINO

Hoje tem oficina de iniciação à poesia e a arte, na Escola Alberto Delpino, com o tema do SACI. Tô levando um SACI de pano, criado pela figurinista Sueli Silva e a brincadeira vai rolar. Criei uma dinâmica para trabalhar a expressão artística da meninada que vai ser uma surpresa. Abraço, amanhã conto como será. boa sexta!!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

TRABALHANDO O RICO MINÉRIO DA VOZ POPULAR


Sobre “Mineral” (BH, Rede Catitu, 2010)
do poeta-músico Ricardo Evangelista

Trabalhando o rico minério da voz popular


A Crítica

Um dos problemas da academia é certamente o academicismo. Os acadêmicos que escrevem para outros acadêmicos. Um dialeto que o povo (os 'leigos') desconhece. Academicismo sobre o qual já falamos em outras oportunidades. Mas há um outro: a preocupação em distinguir arte popular de Arte erudita. Ou um tipo de arte do povo para o povo, uma arte praticamente não-registrada, analfabeta, pictórica, concreta, bem diferente de um outro tipo de Arte, mais culta, mais auto-reflexiva, mais educada, mais abstrata.

Ao fazer a distinção, a academia logo se coloca ao lado (quando não se declara a origem) da Arte culta, refinada, objeto de análise da Crítica, e relega a segundo plano a arte popular. Como se povo não tivesse alcançado a 'educação', como se a cultura espontânea do povo estivesse em falta com os padrões do cânone (isto é, o que é escolhido e sugerido pelos scholars).

Certamente que alguns autores têm (e tiveram) mais acesso aos bens culturais do que outros. É esta a única diferença. Não há uma arte melhor do que a outra sob critério de quem tem diploma e quem não tem. Importa, antes, a qualidade intrínseca da Obra. Existem muitas obras de arte popular que 'humilham' outras da Arte culta, dos acadêmicos que fazem pós-doutorado e se animam a escreverem contos, poemas, romances.

Se ao acadêmico sobra erudição, pode faltar talento e espontaneidade. Sim, talento e espontaneidade que existem de sobra em muitos artistas sem acesso ao meio acadêmico. Uns têm muito talento, e pouca informação; outros têm informação, mas pouco talento. O ideal seria aliar o espontâneo ao erudito – somar qualidade artística pessoal ao conhecido patrimônio artístico compartilhado. Muitos artistas se julgam originais – e estão reinventando a roda! Culpa deles? O fato é que desconhecem o patrimônio artístico já existente.

Outros artistas conseguem dialogar muito bem com ambas as artes distinguidas pelos acadêmicos. Pois tais artistas conhecem o cânone e o subvertem - ou criam à margem do mesmo. Ao conhecimento do cânone agregam o próprio talento pessoal mais a audácia da mudança, de criar o novo. E como toda criação nunca é a partir do nada, o que ajuda estes artistas é justamente a enorme quantidade de informações culturais que conservam. Quanto mais sabem, mais podem subverter o existente, mais podem fazer o cânone se curvar ao talento pessoal.

Para estes artistas a distinção 'arte popular' X 'Arte culta' é mero rótulo, mera fantasia acadêmica. Pois eles conseguem dialogar com todos os estratos de informação – dos mais básicos aos mais eruditos – e criar algo mais pessoalmente marcante, que seria difícil a quem apenas conhece um lado da moeda. É justamente o artista que supera limites e definições que haverá de fazer a diferença quando a arte popular se tornar massificação e alienação e a Arte culta se torna cânone e padrão.


Mineral


Nesta obra a poesia de Ricardo Evangelista é uma poesia popular e ao mesmo tempo demonstra conhecimento escolástico. É popular ao clima daquelas de Solano Trindade, de Patativa do Assaré, de Adão Ventura, mas com algum apuro estético, o que o aproxima de João Cabral de Melo Neto e Manoel de Barros, com um toque mais imagético, além do musical, rítmico. Sim. Afinal de contas, o poeta é também músico, qualidade que o destaca entre os demais.

É pra ler 'Mineral' a imaginar o poeta recitando. Sonoridade: eis o leitmotiv da obra. É uma poesia que foge das páginas, que busca a sonoridade explícita de poesia oral – de cordel, de embolada, de cantoria.

Continua em


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

PORCELAIN UNICORN



Outubro: que sejamos bem melhor, mais ético, mais poético e bem humorado do que temos sido. Inspirados na alma do SACI PERERÊ!!! Viva o SACI!!!
MÊS DA CRIANÇADA, MÊS DO SACI PERERÊ!!!
UM VIVA À TODA ALMA DE SACI PERERÊ!!

Poeta Ricardo Evangelista no projeto PÃO E POESIA

Nesta semana estou coordenando vivências poeticas e iniciação artistica com a mennida da Escola Estadual Alberto Delpino, 3384-2398, no - Barreiro,  BH/MG. PERÍODO DAS OFICINAS:  03/10, 05/10, 07/10 HORÁRIO: 13h15min às 15h15min, alunos entre 9/11 anos. Outubro, mês da criançada, mês do SACI PERERÊ. Dica, VEJA o filme:PORCELAIN UNICORN