quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

CARNAVAL DI-VERSO , próximo livro de Ricardo Evangelista

Bom dia carnavegantes.
Um poema do mais novo livro que comecei: Carnaval di-verso
Samba maioral
Tamborins e repiniques quanto mais pobres mais chiques.
Caixas e surdos soam o absurdo.
Chocalhos e platilnelas brilham na pista da passarela.
Baquetas no baque pra não baquear no contrapé.
O passo da passista tem compasso
e o sorriso da sambista tem um facho de alegria, fogo e fé
que enlouquece a razão de Descartes, Kant, endoida Baudelaire.
Tem um contratempo que o tempo rei sabe dizer.
Quem ginga nesse jogo no jogo da vida nunca teve colher.
Samba maioral é pra quem pode não é pra quem quer.
Quem não põe a cara a tapa nessa taba é quem nunca deu o braço a torcer.
Quem não gosta de samba bom sujeito não é.
Não tem ritmo no peito muito menos ainda no pé.

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