domingo, 6 de maio de 2012

RECONSTRUÇÃO, com licença poética


Levo o Brasil nos braços como se fosse o Capitão América
Levo o Brasil no sol como se fosse Hulk
Levo o Brasil na chuva como se fosse Rambo
Levo o Brasil nas costas como se fosse o Batman
Lev o Brasil nos cascos com se fosse o Homem de Ferro
Levo o Brasil nas mãos como se fosse o Aço
Levo o Brasil no barco como se fosse o X-Man
Levo o Brasil no hospital como se fosse o Superman
Levo o Brasil na escola como se fosse a Mulher Maravilha
Levo o Brasil no hospício como se fosse o Thor
Levo o Brasil na van como se fosse o Schumacher
Levo o Brasil no jipe como se fosse a Mulher Gato
Levo o Brasil no ônibus como se fosse o Hellboy
Levo o Brasil na bike como se fosse a tartaruga Ninja
Levo o Brasil na moto como se fosse o motoqueiro Fantasma
Levo o Brasil no táxi como se fosse o Transformer
Levo o Brasil no suor como se fosse o Homem aranha
Levo o Brasil na raça como se fosse Volverine

Pelo salário tão baixo que a gente tem de aceitar
Pelas horas no trânsito que a gente tem de enfrentar
Pelo emprego tão longe que a gente tem de encontrar
Pela aposentadoria tão distante que nunca vai chegar
Pela doença da coluna que a gente tem de tratar
Pela doença da vista que a gente tem de operar
Pelo patrão que a gente ainda tem de louvar
Morreu do coração e depressão e diabetes como se fosse um número
Deus que me defenda!


por Ricardo Evangelista, maio 2012. 




Um comentário: